Programa DST/Aids de Campinas recomenda uso de camisinhas e teste de HIV antes do Carnaval

Após a folia, que será só no final de fevereiro, procura por serviços que realizam testagem dobra; objetivo da Secretaria de Saúde é que a população use camisinha e faça teste

O Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Campinas já se prepara para realizar de ações de incentivo ao uso da camisinha em todas as relações sexuais para evitar a transmissão do vírus HIV, outras DSTs ou ainda uma gravidez indesejada, além de estimular a realização do teste de aids e outras DSTs de forma gratuita e sigilosa em qualquer Centro de Saúde (CS) da cidade, ou nos dois Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs), que também atendem de graça e ainda podem realizar o teste de forma anônima.

A coordenadora do Programa DST/Aids de Campinas, Maria Cristina Feijó Januzzi Ilario, enfermeira sanitarista, destaca a importância de a população antecipar-se e adotar a medidas preventivas ao HIV/aids “antes da festa começar”. “Usar o preservativo e saber se tem o HIV ou não são direitos conquistados pela população e medidas que podem garantir a qualidade de vida”, explica a sanitarista. “Antes de ir para a festa, é sempre bom pensar em ter a camisinha à disposição”, ressalta.

A previsão é de meio milhão de camisinhas, conforme em 2008. O número corresponde à média mensal de distribuição em Campinas. As ações pontuais no período de pré-Carnaval (ensaios e shows) e no Carnaval (desfiles) não comprometem em nada a distribuição cotidiana realizada nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), ou seja, os Centros de Saúde devem atender normalmente em seus horários de funcionamento. O Carnaval será oficialmente comemorado no dia 24 de fevereiro. “Nossas ações de prevenção ocorrem o ano todo”, disse a coordenadora do PMDST/Aids Campinas.

Segundo Cristina Ilário, após o Carnaval, é verificado anualmente um aumento significativo de procura espontânea para realizar o teste. “Muitas vezes isso significa que a pessoa transou sem camisinha ou fez uso compartilhado de objetos utilizados para consumo de drogas. Então, quando vamos aos eventos com a distribuição de camisinhas, como já temos feito em Campinas, estamos promovendo o marketing social do preservativo, para que as pessoas lembrem-se de usá-los e não se exponham, não fiquem vulneráveis ao HIV, inclusive quem já sabe que tem aids e pode ser reinfectado se transar sem camisinha”, disse Cristina Ilário.

Segundo a coordenadoria do Centro de Referência (CR) do Programa DST/Aids de Campinas, principal serviço público do município que realiza tratamento às pessoas que vivem com HIV/aids (cerca de 2,5 mil que recebem o “coquetel” de medicamentos, ou seja, a combinação de drogas antirretrovirais), diariamente cerca de 50 pessoas procuram informações, principalmente por telefone, no CTA do Centro de Referência (rua Regente Feijó, 637, telefone 3236 – 3711, de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h).

“Muitas vezes, alguns dias após o Carnaval, registramos o dobro deste número”, explica a coordenadora do Programa DST/Aids de Campinas. A distribuição de camisinhas em Campinas é de aproximadamente 400 mil preservativos por mês (incluindo toda a rede Sistema Único de Saúde, SUS, de Campinas, e parceiros na sociedade civil organizada e setor privado).

“Nosso objetivo é que as pessoas utilizem a camisinha como uma ação cotidiana e que façam o teste de HIV para saber se têm o vírus ou não e, caso tenham aids, que possam realizar o tratamento”, disse. A coordenadora do Programa DST/Aids de Campinas alerta também para o período de “janela imunológica”, período médio de seis meses logo após a infecção em que o vírus não é detectado através do teste. “Por isso as pessoas devem evitar de fazer teste de HIV nos bancos de sangue. Os locais de fazer teste de HIV são os Centros de Saúde e os dois CTAs de Campinas, um no Centro e outro no Hospital Ouro Verde”, disse.

Desde o final de 2007, além do CTA Centro, e dos Centros de Saúde, a população de Campinas também pode fazer os testes de HIV e sífilis no CTA Ouro Verde, localizado junto ao Complexo Hospital Ouro Verde (próximo ao Terminal de Ônibus Ouro Verde). O endereço é Avenida Rui Rodrigues, 3434. O horário de atendimento é das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira. O telefone para mais informações é (19) 3226 7475.

Carnaval é realizado pela Secretaria de Cultura

Os eventos oficiais do Carnaval de Campinas são realizações da Secretaria Municipal da Cultura e o Programa Municipal de DST/Aids tem sido gentilmente convidado a participar, com antecedência, da programação dos eventos que vão desde a escolha do Rei Momo e da Rainha do Carnaval, passando por ensaios nas comunidades, pelos shows e eventos descentralizados, até os desfiles oficiais de escolas de samba, blocos e outras agremiações.

No ano passado, por exemplo, pela primeira vez em sua história, Campinas contou com o desfile no Sambódromo da cidade do bloco “Samba, Suor e Saúde: Só Com Camisinha”, segunda agremiação a participar do desfile oficial de rua do município em 2008. O bloco foi composto de usuários, trabalhadores e parceiros do SUS Campinas. Também foi “palco” para lançamento de um novo personagem da vida pública da cidade: o Camisildo.

O “homem-camisinha” percorre eventos como o Carnaval, entre outros. Trata-se de uma fantasia inflável em forma de camisinha, com que o Programa busca divulgar o preservativo e fortalecer a imagem da camisinha como objeto presente no cotidiano da população.
Distribuição nacional de preservativos

Em 2008 cerca de 500 mil preservativos foram distribuídos à população pelo Programa DST/Aids da Secretaria de Saúde de Campinas, nos eventos do Carnaval Oficial promovido pela Secretaria Municipal da Cultura, como os desfiles de escolas de samba e outras agremiações, no Sambódromo de Campinas, ou nos ensaios e outras atividades promovidas nas comunidades, ou eventos como shows realizados na Estação Cultura.

Em todo o Brasil, durante o ano de 2008, o governo federal atingiu recorde histórico de distribuição de preservativos masculinos. O Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde informou ter repassado 406 milhões de camisinhas para serem entregues à população em todos os estados e municípios brasileiros. O número é 3,3 vezes maior do que foi disponibilizado no ano passado (122 milhões). O maior quantitativo anual havia sido em 2003 com 257 milhões.

A expectativa para 2009 é de que esse quantitativo seja superado com a aquisição de mais 1,2 bilhões de camisinhas. O edital para a compra do insumo foi publicado na última segunda-feira, 15 de dezembro, e a abertura das propostas está prevista para o próximo dia 29. É a maior compra de preservativos já realizada no mundo. “A nossa orientação básica é que as pessoas usem camisinha, e não só no Carnaval, mas o ano todo. O uso correto e consistente da camisinha é á única vacina contra a aids”, disse Maria Cristina Ilario.
Saiba mais sobre aids:

A aids é uma síndrome que pode ser evitada com o uso freqüente e adequado de camisinhas em todas as relações sexuais e com práticas de redução de danos entre usuários de drogas. Camisinhas são distribuídas gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS) e práticas de Redução de Danos, para usuários de drogas, como não compartilhar agulhas e seringas.

Em Campinas, o teste de HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis pode ser realizado no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Centro de Referência do PMDST/Aids, conhecido como “Coas” e localizado à rua Regente Feijó, 637, no Centro, aberto de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h. O telefone é (19) 3236 – 3711.

Outro local especializado no aconselhamento e teste de HIV e DSTs é o CTA/Ouro Verde, que funciona somente às segundas-feiras, das 7h às 19h, no Hospital Ouro Verde (Complexo Hospitalar Ouro Verde), na Avenida Rui Rodrigues, 3434, próximo ao Terminal de Ônibus Ouro Verde. O telefone do CTA/Ouro Verde é (19) 3226 – 7475.

Centros de Saúde

Todos os Centros de Saúde da Secretaria Municipal da Saúde de Campinas também oferecem o teste de HIV e outras DSTs, através da campanha nacional “Fique Sabendo”. Estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem hoje no Brasil cerca de 600 mil pessoas vivendo com o HIV. Dessas, 400 mil não sabem de sua condição sorológica.

O diagnóstico precoce é muito importante para a realização de um tratamento que garanta a qualidade de vida da pessoa. Mães que vivem com HIV podem aumentar suas chances de terem filhos sem o vírus da aids, se forem orientadas corretamente e seguirem o tratamento recomendado durante o pré-natal, parto e puerpério.

Informação, camisinha e tratamento

Como as camisinhas, o teste e o tratamento são gratuitos. Além disso, quem realiza o teste em um CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) conta com apoio e orientação antes e depois do resultado. Para saber mais sobre aids a população pode acessar o site http://www.aids.gov.br ou ligar para o Disk-Saúde: 0800 61 1997 (do Ministério da Saúde) ou para o Disk-DST/Aids: 0800 16 2550 (do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo).

Saiba mais sobre a epidemia da aids em Campinas:

DADOS EPIDEMIOLÓGICOS ATÉ NOVEMBRO DE 2008*

PROGRAMA MUNICIPAL DE DST/AIDS, Núcleo de Saúde Coletiva.
SECRETARIA DE SAÚDE – Prefeitura de Campinas

A epidemia de aids em Campinas apresenta um total acumulado de 5.468 casos notificados, sendo destes 5327 em adultos e 141 casos em crianças (menores de 13 anos), de 1982-2008*.

Os dados avaliados dizem respeito aos casos de aids notificados, de residentes em Campinas, de 1980 a 12 de novembro de 2008 (fonte SINAN-W e SINAN-NET), estando os últimos 5 anos ainda sujeitos à revisão.

Observe-se que estes dados se referem ao número de pessoas com critérios para notificação por aids, e não se refere àquelas que são portadoras assintomáticas do HIV.

A tendência de declínio dos índices da epidemia verificada nas análises do Ministério da Saúde a partir dos últimos oito anos apresenta-se de forma diferente no Município de Campinas, com a análise de franco declínio (na cidade) já a partir do ano 2000.

No entanto, a diminuição da velocidade de crescimento da epidemia, se dá as custas de intensivos trabalhos e abordagens de prevenção junto às populações mais vulneráveis, realizados ao longo dos anos 90 e com impacto perceptível a partir do ano de 2000, justamente no perfil de vulnerabilidade populacional objeto da priorização das ações, que foi o trabalho junto a HSH (homens que fazem sexo com homens) e UDIs (usuários de drogas injetáveis), com intensificação e investimento nas tecnologias laboratoriais e controle de qualidade dos Bancos de Sangue em todo o País.

O declínio da velocidade de crescimento hoje observado é decorrente de ações realizadas ao longo de dez anos sobre um perfil de vulnerabilidade populacional distinto da concentração da prevalência atual da aids.

É importante ressaltar que entre homens e mulheres heterossexuais, independente da faixa etária, a epidemia está em crescimento.

A epidemia de aids em Campinas mostra o seguinte quadro de novos casos diagnosticados nos últimos 5 anos:

Total de casos notificados por ano, somadas todas as faixas etárias:

334 em 2003,
298 em 2004,
283 em 2005,
257 em 2006,
218 em 2007 e 117 casos no ano de 2008, dados preliminares.

ANO 2007: Total de 218 casos notificados, sendo 214 adultos e 4 menores que 13 anos.

No período, a razão de sexo foi de 2/1, sendo 140 homens e 78 mulheres.

Três faixas etárias concentram o número de casos, entre homens e mulheres: Os índices de incidência (número de casos/pop de 100 mil habitantes) foram respectivamente de 54.4 casos de aids/100.000 habitantes para a faixa de 30 a 39 anos, onde se concentram em maior proporção as mulheres; de 33,9 casos de aids/100.000 habitantes para a faixa de 40-49 anos onde se concentram em maior proporção os homens; e, de 19,7casos de aids/100.000 habitantes para a faixa de 50 ou mais anos.
ANO 2008: Total de 117 casos notificados até data de 12/11/08, sendo 115 adultos e 2 menores que 13 anos.

Mantida a razão de sexo em 2/1, sendo 83 homens e 34 mulheres no total. Os índices de incidência (número de casos/pop de 100 mil habitantes) também se apresentam maiores na faixa etária de 30-39 anos (29), seguidos de 40-49 anos (15,9) e 11,1 entre os com 50 anos ou mais.
(Total de Casos Acumulados, 1982-2008*).

Análise por Faixa Etária

O predomínio da concentração dos casos notificados a partir de 1982, persiste na faixa etária de 30-39 anos. No entanto, vale observar que se analisada separadamente a primeira década da epidemia, 80/90, a maior incidência se encontra nas faixas etárias mais jovens, entre 20-29 anos, com predomínio majoritário de casos entre homens.

A incidência nas faixas etárias de 13-19 anos no município de Campinas, vem diminuindo consistentemente ao longo dos anos, e caracteriza importante diferença do perfil da epidemia apresentado nesse município quando comparado à análise do perfil da epidemia na média nacional; lá, de acordo com o PNDST/Aids do Ministério da Saúde, existe aumento do número de casos entre 13-19 anos, em especial entre mulheres.

Embora o volume de casos nas faixas de 50-59 anos e 60 anos ou mais seja relativamente pequeno se comparado às outras faixas etárias, é importante observar que, a partir do ano de 2000, a velocidade de crescimento da incidência (n° de casos a cada 100.000 habitantes) nessas faixas etárias chega a 5 vezes maior, ou seja, ela cresce cinco vezes mais rápido, quando comparada às outras faixas.

Para entendermos o raciocínio e a importância dessa informação, é necessário o seguinte exercício:

Se, o número de casos acumulados entre 1980 e 1999, nas faixas etárias de 50-59 anos e 60 anos ou mais, foi um total de 142; ou seja, num período de aproximadamente 20 anos de epidemia, o número total de casos de Aids incidente na terceira idade foi de 142, vemos que ao analisarmos o período compreendido entre os anos de 2000 e 2008*, o número total de casos de Aids notificados na terceira idade foi de 236; portanto, num período menor que 10 anos (2000 a 2008), o número de casos foi praticamente três vezes maior!

* Dados parciais até novembro/2008, sujeitos à revisão.

Análise por Categoria de Exposição e Sexo

Entre os casos acumulados de AIDS em adultos, 62,1% ocorreram na categoria de transmissão sexual; a categoria de transmissão sanguínea foi, no mesmo período, responsável pela notificação de 37,9% dos casos.
No entanto, o perfil da epidemia, sofreu contínua e distintas transformações ao longo dos 28 anos compreendidos entre 1980 e 2008, quanto à forma de transmissão do vírus HIV e, conseqüente adoecimento por aids.

Na primeira década, 80-90, a quase totalidade dos casos de Aids notificados, ocorreu entre homens, através da categoria de transmissão Sexual entre Homossexuais sendo, no mesmo período, a categoria de exposição sanguínea entre usuários de drogas injetáveis e transfundidos a segunda causa da aids.

Na primeira metade da década de 90, 1990 a 1995, houve inversão do quadro acima e, por aproximadamente cinco anos, observou-se a diminuição consistente do número de casos entre HSHs e o aumento importante entre UDIs que consistiu na primeira causa de aids no município de Campinas no período.

Os casos de transmissão sanguínea por transfusões de sangue e hemoderivados se encontram em contínua queda até os dias de hoje, a partir do investimento maciço do controle de qualidade e inovação tecnológica nos bancos de sangue do Brasil.

Na segunda metade da década de 90, até meados de 2000, a epidemia caracterizou um perfil de declínio consistente dos casos de aids entre UDIs e entre HSHs, mantendo a diminuição da velocidade de crescimento e a concentração dos casos nas faixas etárias do adulto jovem, 30 a 49 anos. Neste período, a razão de sexo era de 3/1, respectivamente para homens e mulheres, embora para as últimas a faixa etária de maior incidência fosse 5 a 10 anos mais jovem, se concentrando na faixa de 20 a 29 anos.

A Epidemia da aids na atualidade

A partir de 2000 a epidemia de aids em Campinas caracteriza, sem sombra de dúvidas, o perfil de queda consistente do número de casos totais ano a ano, e:

1. Concentração do número de casos de aids notificados na categoria de transmissão sexual entre homens e mulheres heterossexuais, majoritariamente nas faixas etárias de 30 a 49 anos, sendo essa categoria de transmissão, a primeira causa da aids;

2. Diminuição da razão de sexo, homens e mulheres, de 3/1 para 2/1, se considerados o total de casos notificados no período e, tendência de inversão da razão de sexo, mulheres e homens, de 2/1 quando analisamos somente a primeira causa da aids em Campinas, que é a transmissão sexual entre heterossexuais; ou seja, é possível que nos próximos anos existam duas mulheres heterossexuais notificadas por aids para cada homem heterossexual notificado por aids, nas faixas etárias de 30 a 49 anos.

3. Aumento da velocidade de crescimento da epidemia na terceira idade, entre heterossexuais, em especial entre as mulheres compreendidas nas faixas etárias entre 50-59 anos e 60 anos ou mais; a velocidade de crescimento da epidemia na terceira idade é até cinco vezes maior em relação às demais faixas etárias;

4. Recrudescimento da epidemia entre HSH, especificamente nas faixas etárias mais jovens, entre 20 e 30 anos.

Análise da Escolaridade

O perfil de escolaridade apresenta-se semelhante aos dados apresentados na análise do Programa Estadual de DST/Aids informados recentemente.
A maioria dos casos notificados, apresenta 8 anos e mais de estudo formal (26,3%). Em 2007, 6,6% dos casos apresentavam pelo menos 1 a 3 anos de estudo e 44,9% mais de 8 anos. A mesma análise é válida quando se observa, o mesmo quesito, por sexo.

Análise do Quesito Raça/Cor

Dos dados disponíveis, que obtiveram qualificação do registro ao introduzir a informação auto-referida somente em meados de 2006, observa-se à maioria dos casos uma concentração na raça/cor Branca (24,8%), seguidos da raça/cor Parda (6,8%) e, com menor concentração na raça/cor Preta (4,5%). Não se observa diferença significativa destas proporções ao analisar os mesmos quesitos entre os sexos ou faixas etárias.


Programa Municipal de DST e Aids - Campinas
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