Aumento da longevidade das pessoas que vivem com HIV traz novos desafios como questões de ordem psicossociais

É preciso uma revisão dos objetivos pessoais e profissionais e novas ponderações acerca das expectativas e crenças com relação ao tratamento

Novos desafios estão postos frente às tendências de aumento da longevidade das pessoas que vivem com HIV/aids. Questões de ordem psicossociais como, por exemplo, os vínculos afetivos, a vivência da sexualidade, o desejo da paternidade/maternidade com parceiros com sorologia igual ou diferente, impactam na vida das pessoas e dos serviços de saúde que provêem cuidados a estes usuários.

É preciso uma revisão dos objetivos pessoais e profissionais e novas ponderações acerca das expectativas e crenças com relação ao tratamento. Por outro lado, os transtornos psiquiátricos como depressão, dependência e abuso de álcool, drogas e tabaco, entre outros, são cada vez mais frequentes nessa população. O diagnóstico e o tratamento dos transtornos são fundamentais para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. No entanto, a maioria dos casos não é diagnosticada e muitas vezes os sintomas são pouco valorizados.

Este quadro é o tema da participação do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Campinas, como acontece sempre às quintas-feiras, após as 17h30, no bloco “A cidade em debate” do “Globo Cidade” apresentado pelo âncora Marco Massiarelli pela rádio “Globo AM 1390”. E para falar sobre este assunto o Programa Municipal de DST/Aids de Campinas coloca à disposição a psicóloga Osmarina Ruiz, do Centro de Referência (CR) do Programa de DST/Aids de Campinas.

O impacto na saúde mental das pessoas que vivem com HIV/aids acontece desde o momento do diagnóstico, alterando com a progressão da doença. O medo da morte, da revelação do diagnóstico, que podem levar à depressão e isolamento, por exemplo, devem ser priorizados, pois debilitam ainda mais o sistema de defesa e tem um resultado muito negativo na adesão ao tratamento, na maioria dos casos.

Essas questões são normalmente tratadas pelas equipes multidisciplinares dos Serviços de Assistência Especializada (SAE) em HIV/aids, quando contam com profissionais de saúde mental. No caso de transtornos mais graves, é recomendado o encaminhamento para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps). O Departamento Nacional DST/Aids investiu no treinamento das equipes dos CAPS, para a construção de uma rede de referência e contra-referência com os serviços de HIV/aids de estados e municípios. Além disso, investe também na atenção às pessoas que vivem com HIV/aids que usam álcool e outras drogas, incorporando a estratégia de Redução de Danos nos SAE, como uma das prioridades no cuidado à saúde mental dessas pessoas.

Trabalhando saúde mental nos serviços de saúde

No trabalho com pacientes vivendo com HIV/Aids é preciso incluir a subjetividade como tema, a fim de promover intervenções que considerem a multiplicidade do sofrimento de quem adoece pelo HIV. Deve-se também considerar a noção de vulnerabilidade.


Uma equipe de saúde mental pode ser composta por:

. Assistentes sociais
. Psicólogos
. Psiquiatras

Objetivos das ações de em Saúde Mental e aids:

. Identificar o grau de sofrimento psíquico
. Abordar a relação do sujeito com a doença
. Identificar estratégias de atuação e encaminhamento
. Promover reabilitação psicossocial
. Diminuir do sofrimento psíquico
. Buscar significações psicossociais da doença

O trabalho em saúde mental e aids pode ser desenvolvido com várias populações e com diversos embasamentos, por exemplo:

. Crianças
. Revelação diagnóstica
. Projeto e perspectiva de vida
. Violência: (A) física (B) sexual

Compreensão sobre a adesão:
(A) colaboração da criança (B) envolvimento dos pais

Discriminação: (A) ambiente escolar (B) ambiente familiar

. Suporte social
. Adolescentes
. Impacto do diagnóstico
. Sexualidade
. Efeitos colaterais da medicação (lipodistrofia)
. Inserção no mercado de trabalho
. Relacionamento familiar
. Rede social
. Adesão ao tratamento
. Discriminação
. Vulnerabilidade social e psíquica
. Adultos
. Impacto do diagnóstico
. Perdas (saúde, financeiras, sociais)
. Promoção de renda
. Adesão ao tratamento
. Efeitos colaterais da medicação
. Sexualidade
. Retomada da vida afetiva
. Experiência subjetiva da doença
Comorbidades psiquiátricas

As atividades podem ser desenvolvidas individualmente (aconselhamento, psicoterapia, consultas) ou em atendimentos grupais:

. Grupo de pacientes com lipodistrofia
. Grupo de adesão
. Grupo de arteterapia
. Grupo de gestantes
. Grupo de pacientes com hepatite
. Grupo de sala de espera
. Serviços que não possuem equipe mínima de saúde mental podem contemplar um atendimento que tenha esta questão como embasamento levando em conta:

. Integralidade do paciente (abordagem no sujeito e não só o sintoma)
. Introduzir questões que contemplem aspectos da saúde mental nas consultas
. Ênfase no vínculo
. Participar da construção da rede de referência e contra-referência


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Tuberculose é a primeira causa de morte em pacientes acometidos pela aids

Em 2004 cerca de 40% das pessoas com tuberculose fizeram teste de HIV, percentual chegou a 635 em 2007 segundo dados do Global Tuberculosis Control publicados em abril

De acordo com estimativas da Organização Mundial da Saúde aproximadamente nove milhões 270 mil casos novos de tuberculose ocorreram somente no ano de 2007. Desses, cerca de 15%, ou seja, um milhão e 370 mil são casos de co-infecção tuberculose-HIV. O Brasil é o 18º país do mundo em número de casos novos de tuberculose. A Organização Mundial da Saúde estima que em 2007 haviam 92 mil casos novos e que 14% destes casos sejam pessoas vivendo com HIV. Considerando que a tuberculose é a primeira causa de morte em pacientes acometidos pela aids, um dos indicadores que o Brasil tem avançado é o de testagem para o HIV.

Para tratar deste tema o Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria da Saúde da Prefeitura de Campinas coloca à disposição a médica Luciene Medeiros, do Centro de Referência de DST/Aids de Campinas. Ela explica sobre esta que é considerada uma doença oportunista que ocorre em pessoas que vivem com HIV/aids. Luciene explica, entre outras coisas, que o desejado é que todos os casos de tuberculose diagnosticados realizem o teste para HIV. O "Globo Cidade" vai ao ar diariamente, mas a participação do Programa Municipal de DST/Aids é sempre às quintas-feiras, entre 17h e 18h.

Em 2004 a proporção de casos novos de tuberculose testados para HIV era cerca de 40%. Esse percentual vem aumentando ao longo dos anos chegando a 63% em 2007. Os dados são do Global Tuberculosis Control 2009, publicação de abril de 2009 sobre epidemiologia e estratégias de saúde pública. O “DOTS” é a estratégia recomendada pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose para garantir melhores taxas de cura em todos os pacientes com tuberculose no País. O tratamento supervisionado, como a estratégia é chamada no Brasil, inclusive, é uma ferramenta adotada mais tarde, quando do advento do coquetel de medicamentos para controle da aids.

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População do Jardim Capivari participa de festa sobre prevenção à aids


Ação foi realizada na Praça de Esportes do Bairro, espaço freqüentado pela comunidade do bairro localizado à região do Sudoeste da cidade

Pelo menos 80 pessoas participaram ontem (sexta-feira, 25 de setembro de 2009) da Festa da Primavera do Centro de Saúde do Jardim Capivari. A maioria era mulheres e crianças. O evento foi realizado na Praça de Esportes do bairro, local freqüentado pela comunidade do bairro. O Capivari fica na região Sudoeste de Campinas. O tema da festa: “Primavera Segura”. O objetivo é promover o uso correto e frequente da camisinha em todas as relações sexuais para prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis.

A ação foi realizada com apoio do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria da Saúde da Prefeitura. Além do estímulo ao uso da camisinha, o objetivo da equipe do Sistema Único de Saúde (SUS) é promover também a realização do teste de HIV, gratuito e sigiloso na rede pública municipal. A festa envolveu trabalho de agentes comunitários de saúde, auxiliares de enfermagem, enfermeiros, outros profissionais e colaboradores desta unidade pública de saúde.

O público formado principalmente por mulheres adultas está relacionado às prioridades nas ações de prevenção à aids e outras doenças sexualmente transmissíveis no Centro de Saúde, conforme explica a coordenadora da unidade, Rita de Cássia Almeida Bottcher, médica pediatra. Segundo ela, parte das mulheres que freqüenta a unidade está na terceira idade e participam com freqüência destas atividades, o que, de acordo com a médica, “descriminaliza” o uso da camisinha e o ato de realizar o teste de HIV, em suas famílias, comunidades e outros grupos sociais.

“Nem todas são, mas as avós têm um papel muito importante na dinâmica familiar. Muitas avós participam ou influenciam na educação dos netos”, explica a coordenadora do Centro de Saúde Capivari. Para ela, o que as senhoras aprendem nos grupos do Centro de Saúde é “repassado” às famílias. Mas ela alerta que o objetivo não é apenas ter as mulheres adultas ou as da terceira idade com meras “multiplicadoras”. “Mas estamos pensando principalmente na sexualidade das pessoas que estão na terceira idade. Elas merecem um olhar específico”, afirma.

Ainda segundo a médica são cerca de 120 pessoas inseridas em grupos terapêuticos do Centro de Saúde. “Então quando elas participam de um trabalho bom, vão convidar outras pessoas para virem ao Centro de Saúde”, disse. “Depois que elas perdem o medo de falar de sexualidade, de tirar suas dúvidas, resolver seus problemas, elas querem mostrar isso para todo mundo”, afirmou. O resultado do trabalho já pode ser conferido pelos usuários do Centro de Saúde. As cestas de camisinhas espalhadas pelo interior da unidade, por exemplo, foram confeccionadas pelo Grupo de Artesanato da unidade.

Segundo a médica coordenadora do Centro de Saúde, Rita de Cássia Almeida Bottcher, jovens e adolescentes que “teriam” vergonha ou que poderiam se sentir constrangidos em pedir camisinhas que são dispensadas no serviço acabam também ficando mais à vontade pois o assunto está sendo tratado com normalidade pela família. “E as camisinhas ficam à mostra, não são uma coisa proibida. São insumos de proteção à saúde”, disse a médica.

Na festa realizada nesta sexta-feira, a quadra (que fica ao lado do Centro de Saúde) foi decorada com balões, flores artificiais (feitas pela equipe SUS local), com material educativo que era “retirado” pelos usuários do Centro de Saúde, como os leques que eles usaram para enfrentar o calor ao som de música sertaneja e pagode enquanto jogavam bingo. Além de balões coloridos aos quais eram fixadas camisinhas com embalagem da campanha nacional de incentivo ao uso do preservativo: “Vista-se. Use sempre camisinha”.

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Campinas realiza 30 testes de HIV com diagnóstico rápido durante "Caravana do SUS"

Ação foi realizada através do Centro de Testagem e Aconselhamento do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids de Campinas

Pelo menos 30 pessoas realizaram testes de HIV com diagnóstico rápido durante a passagem por Campinas, sábado, da Caravana em Defesa do SUS. Das 9h30 às 13h, na Praça Rui Barbosa, o“Convívio”, atrás da Catedral Metropolitana, os exames foram oferecidos por meio do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Itinerante, que entrega os resultados cerca de 15 minutos após o teste, oferecido gratuitamente à população. Além de ser de graça, o atendimento é sigiloso e pode ser anônimo.

A oferta em Campinas do teste de HIV com diagnóstico rápido é resultado da organização do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis Aids (PMDST/Aids) da Secretaria de Saúde local. Diariamente os exames com diagnóstico rápido para HIV estão disponíveis apenas no Complexo Hospitalar Ouro Verde, de segunda a sexta, das 7h às 19h, através do CTA Ouro Verde do Programa de Aids. O endereço é avenida Rui Rodrigues, 3434, próximo ao Terminal Ouro Verde. O telefone é (19) 3226 – 7475.

A Caravana em Defesa do SUS é um movimento deflagrado em São Paulo e que faz parte da agenda política do Conselho Nacional de Saúde e envolve questões como financiamento da saúde pública, participação do Terceiro Setor nesta área e importância do controle social nas ações públicas de saúde. Após o ato político que contou com trabalhadores e representantes de usuários do Sistema Único de Saúde foi realizado debate acerca destes temas na Estação Cultura, região Central da cidade.

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Campinas oferece teste de HIV com diagnóstico rápido e de graça na manhã deste sábado

Ação integra Caravana em Defesa do SUS, movimento que acontece este ano em todo o Estado de São Paulo e tem como tema “Todos em Defesa do SUS”

A população de Campinas tem acesso ao teste de HIV de graça e com diagnóstico rápido neste sábado, 19 de setembro de 2009, das 9h30 às 13h, na Praça Rui Barbosa (Convívio) atrás da Catedral Metropolitana. A ação integra a Caravana em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), movimento realizado no Estado e que tem como lema “Todos em Defesa do SUS”. Outros serviços públicos de saúde estarão disponíveis no local gratuitamente.

O teste de HIV é realizado por meio do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) Itinerante do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) da Prefeitura de Campinas. Os exames têm resultado pronto em cerca de 15 minutos, e todo o atendimento é de graça para população, na Praça José Bonifácio, avenida Francisco Glicério com Conceição, no Centro da cidade.

O CTA Itinerante é uma unidade móvel do Centro de Referência (CR) do Programa de Aids de Campinas e foi criado para ações de incentivo à realização do diagnóstico de HIV. O teste é feito com uma picada na poupa do dedo da pessoa e o resultado fica pronto em média 15 minutos depois. O resultado é entregue por meio de um aconselhador e só é revelado à pessoa que fez o exame.

No caso de o resultado ser positivo para o HIV (vírus que causa a aids) a pessoa será encaminhada aos serviços especializados para seu estado sorológico ser monitorado e, se necessário, encaminhado para tratamento através do Sistema Único de Saúde (SUS). O teste de HIV com diagnóstico rápido é oferecido cotidianamente no CTA Ouro Verde, localizado junto ao Complexo Hospitalar Ouro Verde, à avenida Rui Rodrigues, 7474, telefone (19) 3226 – 7475, de segunda a sexta, das 7h às 19h, com atendimento gratuito e sigiloso.

Caravana do SUS

Além da realização do teste de HIV com diagnóstico rápido, neste sábado, dia 19, a partir das 9h30, na Praça José Bonifácio, em frente à Catedral Metropolitana, no centro de Campinas, onde será realizada a Caravana em Defesa do SUS, movimento que acontece este ano em todo o Estado de São Paulo e tem como tema “Todos em Defesa do SUS”, outras atividades serão realizadas no local.

A proposta da Caravana , que faz parte da agenda política do Conselho Nacional de Saúde, engloba temas como a falta de financiamento da saúde pública, a participação do terceiro setor nessa área, a precarização do trabalho e a importância do controle social nas ações públicas de saúde.

Além da concentração na Praça José Bonifácio, a Caravana em Defesa do SUS inclui, ainda, na sequência, a partir das 14h, nas dependências da Estação Cultura, um debate sobre os temas relacionados ao evento. As palestras serão proferidas pelo, diretor do Instituto de Direito Sanitário Aplicado (Idisa), Nelson Rodrigues dos Santos, pelo presidente do Sindsaúde/São Paulo, Benedito Augusto de Oliveira (Benão) e pelo coordenador da Plenária Estadual dos Conselhos Municipais de Saúde, Arnaldo Marcolino.

O evento é uma iniciativa do Conselho Nacional de Saúde, em parceria com o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP), Conselhos Municipais e Estaduais de Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e dos Movimentos Sociais.

Em Campinas, na Praça José Bonifácio, serão montados postos de vacinação e de outros serviços de saúde, além de barracas identificadas com os diversos equipamentos, unidades de saúde e demais produtos oferecidos pelo SUS de Campinas e região, como, por exemplo, o Serviço de Saúde Cândido Ferreira, Covisa, DST/Aids, entidades de controle social e outras. No local também serão apresentadas atividades artísticas e culturais incentivadas e promovidas pelos segmentos de saúde no município.

A coordenadora da Secretaria Executiva do Conselho Municipal de Saúde de Campinas, Maria Ivonilde Vitorino, explica que um dos objetivos da Caravana é reforçar a conscientização acerca da importância do SUS enquanto conquista popular. “Iniciativas como essa – ressalta Ivonilde – também são importantes para estimular o trabalho de todos os agentes envolvidos com esse serviço de grande alcance social, além de mostrar que estamos atentos com as políticas voltadas para o setor”.

Outra proposta da Caravana, conforme explica Ivonilde, é a divulgação da Campanha que lança o SUS como Patrimônio Social, Cultural, Imaterial da Humanidade, além do Projeto em favor da Regulamentação da Emenda Constitucional nº29, que está recebendo contribuições e apoio por meio de assinaturas eletrônicas na internet. Ivonilde informa que as propostas discutidas nessas caravanas, que acontecem em todo o País, serão apresentadas no mês de dezembro, em um Encontro Nacional em Brasília.

A proposta foi apresentada em ato público no Fórum Social Mundial da Saúde, em janeiro, e depois lançada oficialmente na Câmara dos Deputados, no dia 12 de março, com a participação de diversos parlamentares, gestores, trabalhadores e representantes de movimentos populares. (Com informações da Assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura de Campinas)

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PROGRAMA MUNICIPAL DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS DE CAMPINAS

Campinas participa com Ministério da regularização de prática de exercícios físicos para tratamento complementar à aids

Profissional de Campinas levará informações sobre a resposta de Campinas às lipodistrofias através de trabalhos como o Grupo de Caminhada e Academia – Espaço CR Qualidade de Vida

Um profissional do Centro de Referência do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (PMDST/Aids) da Secretaria da Saúde (SMS) da Prefeitura de Campinas participa nesta segunda-feira, 21 de setembro de 2008, do primeiro grupo de trabalho para regularizar a utilização de exercícios físicos estimulados pelos profissionais da Saúde como ferramenta complementar no tratamento oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) às pessoas que vivem com HIV/aids.

O nutricionista Nacle Nabak Purcino – que atua junto ao Grupo de Caminhada (vencedor em 2007 do prêmio “Saúde Brasil” como melhor grupo terapêutico do País) e na Academia - Espaço CR - Qualidade de Vida, academia para exercícios físicos do Centro de Referência do PMDST/Aids – participa deste Grupo de Trabalho que reúne-se nesta segunda-feira, em Brasília, na Sala Henfil, do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.

O departamento de DST e Aids organiza o Grupo de Trabalho em Exercícios e HIV, com o objetivo de fazer uma discussão qualificada do tema, para possibilitar a elaboração de recomendações nacionais para a prática de exercícios físicos para pessoas vivendo com HIV e aids (PVHA), no contexto da prevenção e tratamento complementar dos efeitos da lipodistrofia e demais agravos decorrentes da terapia antirretroviral e da própria infecção pelo HIV.

Com objetivo de estruturar recomendações e dar subsídios aos profissionais da Saúde na prática diária com portadores do HIV e da aids. Para esta primeira reunião do GT forma convidados educadores físicos, fisioterapeutas, nutricionistas, infectologistas, ortopedistas e sociedade civil organizada.

A unidade de Assistência e Tratamento do Departamento de DST e Aids, reconhecendo a importância e urgência de ações voltadas para a prática de exercícios físicos na vigência do HIV e da aids espera, com esta iniciativa, poder colaborar para a melhor informação e capacitação dos profissionais da rede pública de saúde e contribuir com isso para a melhor qualidade de atendimento prestado às PVHA.

O Grupo de Trabalho sobre Exercícios Físicos para pessoas que vivem com HIV/aids reúne convidados de instituições como a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e Hospital Heliópolis, de São Paulo, entre outras instituições.

Terapias

Aproximadamente 165 mil pessoas vivendo com HIV ou com aids utilizam terapia antirretroviral no Brasil, oferecida gratuitamente pelo SUS. A terapia antirretroviral possibilitou melhora na qualidade e na expectativa de vida, por meio da redução das infecções oportunistas, da viremia e da reconstituição das defesas imunológicas. A partir de 1998 uma série de alterações anatômicas e metabólicas passaram a ser descritas nas pessoas vivendo com HIV aids, particularmente naqueles em uso terapia antirretroviral combinada "pesada" (chamada “HAART”, conforme sua sigla em inglês). Estas alterações foram descritas de maneira genérica como lipodistrofia e/ou síndrome lipodistrófica.

Mesmo reconhecendo o aumento da sobrevida e melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV ou com aids em uso de antirretrovirais, as alterações causadas pela lipodistrofia, podem levar pessoas que vivem com aids a ter aspecto de envelhecimento precoce, deformações em face e outros locais do organismo , causando impacto direto na qualidade de vida. Repercussões psicológicas e afetivas relacionadas ao fator estético e a autoimagem, podem trazer de volta o estigma da "cara da aids" causando potenciais prejuízos a adesão ao tratamento e consequentemente recrudescendo o agravamento da doença e óbito.

O Ministério da Saúde do Brasil assinou a Portaria 2.582/GM, que possibilitou a inclusão de cirurgias reparadoras para pacientes portadores de Aids e usuários de antirretrovirais no Sistema Único de Saúde, possibilitando o acesso gratuito das pessoas que vivem com HIV/aids a: correção cirúrgica de giba; lipoaspiração de parede abdominal, redução mamária, tratamento da ginecomastia, lipoenxertia de glúteo, reconstrução glútea, preenchimento facial com tecido gorduroso em paciente com lipoatrofia de face e preenchimento facial em paciente com lipoatrofia de face.

As dificuldades encontradas no nível local para implantação da legislação foram minimizadas, a partir do estabelecimento de um trabalho em parceria entre o Governo Federal, Governos Estaduais, Municipais e Sociedade Civil Organizada.

A aproximação da Sociedade Civil, principalmente Redes de Pessoas Vivendo com HIV/Aids, e dos gestores públicos facilita a consecução das ações de assistência a lipodistrofia no nível local, que possibilitam o estabelecimento uma rede capaz de atender a legislação, de acordo com texto assinado por Regina Maria Tellini, em trabalho apresentado por meio do então Programa Nacional de DST/Aids, à ocasião do 6º Congresso Brasileiro das DST/Aids, realizado entre 4 e 7 de novembro de 2006 em Belo Horizonte, Minas Gerais. (Confira em A Política Brasileira para o Tratamento das Lipodistrofias em PVHA).

Aula

Uma aula sobre lipodistrofia direcionada aos funcionários do Centro de Referência Programa de DST e Aids de Campinas foi realizada dia 8 de agosto de 2009 e ministrada pelo palestrante Heverton Zambrini, médico e coordenador da Enfermaria de Infectologia do Departamento de Infectologia do Hospital Heliópolis e médico assistente da disciplina de Infectologia do Hospital de Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de São Paulo (USP).

O evento foi realizado no Espaço Academia CR, para os funcionários do Centro de Referência do Programa de DSTs e Aids de Campinas e outros profissionais da rede SUS Campinas.

Resposta de Campinas às lipodistrofias

Em Campinas, terapias complementares ao tratamento com antirretrovirais são realizadas pelo Centro de Referência do PMDST/Aids, através de atividades e projetos de "Prevenção Posithiva", como o premiado "Grupo de Caminhada - Atlética CR", reconhecido como um dos mais importantes trabalhos realizados para a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/Aids e que deu origem à atual "Academia" ou "Espaço CR", onde, através de exercícios físicos articulados às orientações nutricionais, clínicas e multiprofissionais, Campinas contribui com mais essa resposta para prevenção e tratamento das lipodistrofias.

Anteriormente às atividades da "Academia - Espaço CR - Qualidade de Vida" o Centro de Referência ganhou em 2007 o prêmio nacional "Saúde Brasil", com o Grupo de Caminhada. A premiação ocorreu na terça-feira, dia 27 de novembro, no Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo. O projeto foi selecionado entre mais de 90 participantes de todo o País.

Com isso, o Centro de Referência por meio do "Grupo de Caminhada - Atlética CR", desenvolvido desde 2005, conquistou o "Prêmio Aids de Responsabilidade Social Saúde Brasil", realizado à época em sua quarta edição. A premiação é reconhecida pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Estado da Saúde e pelo Institui Ethos de empresas e responsabilidade social.

Reconhecimento ao grupo terapêutico

O concurso, que teve como objetivo incentivar ações em benefício das pessoas que vivem com HIV/aids e seus familiares, é realizado anualmente pela organização Águilla Saúde Brasil, que desenvolve ações educativas na área de saúde. O Prêmio, que já teve a sua quinta edição realizada em 2008, contou, àquele ano, com pelo menos 90 trabalhos inscritos.

A idéia de um grupo que realizasse atividades físicas surgiu no ano de 2005, através da sugestão de um usuário do Centro de Referência do Programa Municipal de DST/Aids da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Campinas durante suas sessões de psicoterapia.

Após a discussão da idéia inicial pela equipe técnica, foi proposta a criação do Grupo de Caminhada que se transformou em um projeto do Centro de Referência do Programa de DST/Aids de Campinas, com objetivo de melhorar a qualidade de vida e promover adesão ao tratamento. Com o aumento dos participantes as possibilidades começaram ser ampliadas. E novas idéias surgiram.

Adesão ao tratamento com remédios

O trabalho com o Grupo é então desenvolvido com programação e atividades como: caminhada em diversos espaços públicos da cidade de Campinas e região, ginástica harmônica, ioga, vôlei e musculação, freqüência média de 25 participantes por encontro e encontros periódicos pelo menos uma vez por semana das 8h às 11h30. No final do encontro é realizada uma roda para reflexão das atividades do dia.

Em todos os encontros é reforçada a importância da adesão ao tratamento. Os resultados positivos na qualidade de vida dos participantes são observados de diversas maneiras: Melhora do estado nutricional e emocional, na adesão ao tratamento, na inserção em outros projetos de inclusão social, na relação entre o serviço e seus usuários e no entusiasmo visível com que participam.

Enfrentar a síndrome com a promoção da saúde, driblar as dislipidemias, o isolamento social e a depressão, fortalecer a idéia de que técnicos, usuários, familiares e parceiros aprendem dia a após dia uma nova forma de trabalhar com saúde e qualidade de vida com as pessoas vivendo com HIV/aids e com a prevenção positiva estão entre os objetivos e desafios do CR com este Grupo.

(Com informações do Programa Municipal de DST/Aids de Campinas e Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde)

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PROGRAMA MUNICIPAL DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E AIDS DE CAMPINAS

Portadores de HIV fazem protesto na Prefeitura

Manifestantes reivindicam renovação do contrato do programa com Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids

12/08/2009 - 20h42 . Atualizada em 12/08/2009 - 20h49
Fernanda Nogueira
Agência Anhanguera de Notícias
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Entre 70 e 80 portadores do vírus HIV fizeram hoje (12/8) um protesto em frente a Prefeitura para reivindicar a renovação do contrato do Programa Municipal DST/Aids com a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP)

Entre 70 e 80 portadores do vírus HIV fizeram hoje (12/8) um protesto em frente a Prefeitura para reivindicar a renovação do contrato do Programa Municipal DST/Aids com a Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP). Firmado no ano passado, o convênio de R$ 5 milhões anuais, pagos em parcelas mensais com recursos municipais e federais, venceu em junho. A parceria prevê a prestação de serviços de prevenção e assistência aos doentes.

Os manifestantes reclamam ainda que os repasses feitos mensalmente às casas de apoio Grupo da Amizade, Grupo Vida e Morada Amor e Luz estão atrasados. A data de pagamento era o dia 7 de agosto, mas até esta quarta-feira (12/8) os valores, que vão de R$ 30 mil a R$ 60 mil, não tinham sido pagos, segundo os diretores das casas.

De acordo com Solange Moraes, representante legal da RNP, as Secretarias da Saúde e de Assuntos Jurídicos não explicam o que está errado no plano de trabalho elaborado pela entidade. 'Apresentamos cinco planos de trabalho, além do plano de ação e metas, e o Jurídico alega que não pode elaborar o termo de convênio, mas também não deu nenhum parecer de ilegalidade', disse Solange.

Para a coordenadora do Programa Municipal DST/Aids, Maria Cristina Ilário, a argumentação técnica feita pela entidade para justificar a manutenção do convênio está correta. 'Para o programa, o convênio deve ser assinado. Se não for, haverá prejuízos no atendimento aos doentes', disse Maria Cristina.

Portador de HIV e doente de câncer, Milton Trindade, de 49 anos, vive na casa do Grupo da Amizade há dois anos. 'Vim de São Paulo quando peguei toxoplasmose', afirmou. Segundo Trindade, os efeitos da falta de repasses ainda não foram sentidos na casa, mas isso poderá ocorrer logo. A Organização Não-Governamental (ONG) Grupo da Amizade tem 18 funcionários, que cuidam de cerca de 60 doentes. A entidade dá ainda assistência a 180 famílias carentes.

'Eles podem segurar o dinheiro da Prefeitura, mas não podem segurar o do Ministério da Saúde', disse Cassemiro Lopes Moreira, o Miro, diretor da entidade.Representantes das entidades foram recebidos no fim da tarde pelos secretários da Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, e de Assuntos Jurídicos, Carlos Henrique Pinto, além de outros técnicos das áreas.

De acordo com Solange, os secretários se comprometeram a atuar para que os trâmites da celebração do convênio com a RNP sejam completados até a próxima quarta-feira (19/8). Sobre os repasses às casas de apoio, disseram que devem ser liberados até sexta-feira (14/8).